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A qualidade nas pequenas e médias empresas

Já faz algum tempo que o conceito de qualidade faz parte da maioria das empresas.

Autor: Julio OlivaresFonte: Empreendedor

Já faz algum tempo que o conceito de qualidade faz parte da maioria das empresas. As grandes corporações, graças à sua quantidade de meios, estão trabalhando neste contexto a mais de 30 anos. Contudo, nas pequenas e médias empresas, o conceito é muito mais recente e inclusive algumas ainda não a consideram com a devida importância.

O conceito de pequenas e médias empresas envolve um amplo perfil de organizações, que vão desde o empresário autônomo, a corporações com centenas de colaboradores, até a que, com poucos colaboradores, move um negócio gigantesco, ainda que neste último caso seja um pouco complicada a sua classificação. A qualidade é importante para todas elas.

A pequena e média empresa necessita a cada dia, de forma mais estimulante, investir no conceito de qualidade porque é o caminho que a ajudará a melhorar sua competitividade, a reduzir custos e a ser mais eficiente. O objetivo deve ser a eliminação dos processos manuais desordenados e sem nexo, que são resultado dos erros, falta de rendimento, insatisfação de clientes e, definitivamente, menos negócios.

O mais simples pode ser culpar o governo e seus órgãos públicos por todos os males que nos afligem. Não serei eu precisamente quem os defenderá porque, apesar de não ajudarem às empresas, as têm como sua fonte favorita de arrecadação, área aliás que sempre funciona com eficiência surpreendente. Contudo, assumir nossos problemas e enfrentá-los com o espírito empresarial que levou cada um de nós a criar nossas empresas, deve ser o objetivo que nos permitirá criar novas oportunidades, futuro e esperança. Se nos focarmos em otimizar nossos processos, em evitar tarefas repetitivas, reduzir a mão-de-obra simples e de baixa qualidade, e levá-la a níveis mais elevados que ofereçam novas oportunidades de desenvolvimento dos nossos colaboradores, é então quando estaremos obtendo uma verdadeira eficiência baseada em um sistema otimizado, livre de erros e executado por pessoas que se sentem parte de uma aventura comum.

A qualidade, na forma em que é apresentada pelas empresas auditoras e certificadoras, pretende assegurar a continuidade da empresa e garantir o mesmo nível de eficiência e qualidade, independentemente das pessoas e as circunstâncias. No entanto, o maior benefício da qualidade está na otimização de processos que podemos obter quando analisamos a gestão interna da empresa e, com espírito crítico, procuramos eliminar as tarefas que não sejam necessárias, melhorar os procedimentos e, muito importante, utilizar a tecnologia para realizar e controlar as tarefas repetitivas que, habitualmente, são a causa da maior parte dos problemas, já que devem ser executadas com muita frequência e às vezes por pessoas não familiarizadas com elas. É aí onde principalmente a informática pode ser uma importantíssima ferramenta para melhorar a gestão da nossa empresa.

No meu caso, dediquei durante anos um grande esforço em otimizar nossos processos, em fazer um correto uso da tecnologia que hoje temos disponível e posso assegurar que tais esforços têm dado excelentes resultados.

Não tenho dúvidas de que o empresário de médio porte pensará que o custo da tecnologia é um tanto elevado e que é um luxo que pode esperar. Esta idéia é errônea, já que os custos da tecnologia podem ser abatidos rapidamente com a grande economia que nos proporcionará.

Na minha modesta posição, sugiro aos pequenos e médios empresários que dediquem um dia desses à análise dos processos de suas empresas, que imaginem como podem otimizá-los e logo, busquem uma assessoria técnica que lhes permita transformar essas novas idéias em uma realidade de sucesso.

*Julio Olivares é diretor geral da DocPath Document Solutions

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