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Há algo de podre na república federativa

A solidão de um quarto de hotel exige a leitura de Dostoiévski para que possa entender certos acontecimentos que norteia a sociedade

Autor: Elenito Elias da CostaFonte: O Autor

A solidão de um quarto de hotel exige a leitura de Dostoiévski para que possa entender certos acontecimentos que norteia a sociedade de um determinado país que padece pela ausência de uma educação de qualidade, deixando perceber CLARAMENTE que a massa eleitoreira e a classe da elite dominante têm interesses díspares e se digladiam na busca de conservar o fantasioso poder que imaginam possuir.

Os poderes constituídos, nada mais são que fantoches de um sistema decadente, que já não mais engana ninguém.

É difícil a definição de um sistema politico, que imaginamos ser republica, democracia, parlamentarismo ou monarquia, quando há indefinições em sua qualificação, isso é prova inconteste da anarquia que o deprecia.

Os tronos cobiçados dos poderes constituídos se entrelaçam entre si, na busca de manter o sistema comprovadamente decadente, motivado pela ausência de valores e princípios na formação de seus idealizadores, fazendo crer que a massa é completamente controlada.

Quando o clima não é bom para pronunciamentos públicos e políticos, é prova do perecimento do sistema motivado pela inépcia de seus idealizadores.

Quando a manifestação da massa em turba reage negativamente a pronunciamentos dos poderes, esse sistema está perecendo, e seus dias se tornam cadavéricos, deixando claro qual será o futuro.

Não estando claro quem realmente detém o PODER, a massa poderá reavê-lo a qualquer momento, deixando evidente que o que se delega se deleta, já que o poder emana do povo e para deve ser exercido.

 

“Quando é mais penoso compreender tudo, tomar consciência de todas as impossibilidades, de todos os muros de pedra; porém não se humilhar diante de nenhuma dessas impossibilidades, diante de nenhuma dessas muralhas se isso te repugna, chegar, seguindo as deduções lógicas mais inelutáveis, às conclusões mais desesperadoras, no tocante a esse tema eterno de tua parte de responsabilidade nessa muralha de pedra, se bem que esteja claro até a evidência que tu não estás aqui para nada, e em consequência mergulhares silenciosamente, mas rangendo deliciosamente os dentes, na tua inércia, pensando que não podes mesmo te revoltar contra seja o que for, porque não há ninguém em suma, porque isto não é senão uma farsa, senão uma falcatrua, porque é uma trapalhada, não se sabe o quê nem se sabe quem, porém que, malgrado todas essas velhacadas, malgrado essa ignorância, tu sofres, e tanto mais quanto menos compreendes.”

Fiódor Dostoiévski

 

Acredito que o que mais envergonha um HOMEM é sua omissão quando motivado a agir e se esconde na ilusão que sua indefinição lhe trará vantagem futura, pois aquele que nele crê já não cometerá o mesmo erro.

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