Em meio ao otimismo instaurado no mercado, o dólar comercial consolidou uma trajetória negativa na parte da tarde após um começo de dia instável e fechou esta segunda-feira (24) com forte desvalorização de 1,60% - 2º recuo consecutivo -, cotado na venda a R$ 1,752. Em dia de agenda econômica escassa nos EUA, as atenções se voltaram para os indicadores domésticos e da China, bem como ao noticiário europeu.
Depois dos investidores passarem o fim de semana à espera de novas perspectivas em relação a reunião na Zona do Euro quando uma possível elevação do EFSF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira) era esperada, as expectativas se transferem para a próxima quarta-feira (26), quando estes mesmos líderes se reunirão novamente para chegar a um acordo sobre a estratégia para conter a crise da dívida.
Ainda no front internacional, destaque para os dados de produção industrial da China. O Flash PMI (Purchasing Managers’ Index) do HSBC sobre a atividade industrial chinesa mostrou expansão das manufaturas em outubro. A percepção de que o gigante asiático ainda não está em desaceleração contribuiu para aumentar a demanda por commodities metálicas, pressionando as cotações do dólar em relação às principais - o dólar também recuou frente ao euro, à libra esterlina, ao iene e ao franco suíço.
Referências domésticas
A FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal), que apontou inflação de 0,31%. Já o tradicional Relatório Focus mais uma vez reduziu suas perspectivas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano. Também durante a manhã, o ministério de Comércio Exterior reportou os resultados da balança comercial, que apontou déficit de US$ 304 milhões na terceira semana de outubro.
Já no período da tarde o Banco Central revelou a Nota de Mercado Aberto referente ao mês de setembro, mostrando que o estoque total da DPMFi (Dívida Pública Mobiliária Federal Interna) aumentou em R$ 30,960 bilhões, ou 1,82%, na comparação com o mês anterior.
Dólar comercial e futuro
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,7500 na compra e R$ 1,7520 na venda, forte baixa de 1,60% em relação ao fechamento anterior. Com esta queda, o dólar acumula desvalorização de 6,88% em outubro, frente à alta de 18,11% registrada no mês passado. No ano a valorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 5,15%.
Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em novembro segue dia cotado a R$ 1,753, forte baixa em relação ao fechamento de R$ 1.780 da última sexta-feira. O contrato com vencimento em dezembro também mostra forte queda, atingindo R$ 1,764 frente ao fechamento de R$ 1.795 de sexta-feira.
Ptax, dólar pronto FRA de cupom
Já o dólar Ptax, que referencia os contratos futuros na BM&F Bovespa, fechou cotado a R$ 1,7803 na venda, queda de 0,12%.
O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,7695000.
Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 2,35 para dezembro de 2011, 0,09 ponto percentual abaixo do que foi registrado na sessão anterior.
