Quase a metade dos negócios brasileiros não sobrevive após três anos da abertura, informa a pesquisa Demografia das Empresas 2010, divulgada nesta segunda-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com o levantamento, do total de 464,7 mil novos negócios iniciados em 2007, 48,2% deles fecharam as portas 36 meses depois. Os dados mostram ainda que 353,6 mil (76,01%) empresas sobreviveram em 2008; 285 mil (61,3%) continuaram ativas até 2009 e outras 240,7 mil mantiveram as portas abertas até 2010 (51,8%).
A participação de empresas que deixaram o mercado apresentou recuo de 1,4 ponto porcentual na comparação com a apuração do ano anterior, passando de 17,7% para 16,3%. No ano, 736,4 mil empresas fecharam suas portas.
Por outro lado, 999,1 mil empresas entraram no mercado, mantendo estável a taxa de entrada (22,1%). Com isso, houve um crescimento de 6,1% (261,7 mil) no total de empresas ativas no Brasil.
As mais castigadas
As menores taxas de sobrevivência foram apresentadas pelos segmentos de artes, cultura, esporte e recreação (45,6%), além de outras atividades de serviços (46,5%).
Também não tiveram muito sucesso os novos negócios que eram ligados a atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (47,4%).
Setores de sucesso
Dentre as atividades que apresentaram as mais altas taxas de sobrevivência entre 2007 e 2010, destacam-se as relacionada à saúde humana e aos serviços sociais (61,4%).
Também obtiveram mais sucesso os negócios ligados a eletricidade e gás (60,8%) e água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (57,4%).