Considerado um tema bastante abrangente, logicamente que não teremos a pretensão de sintetizar o tema "Planejamento" num sentido amplo em que o mesmo deve sempre ser priorizado no dia a dia das Empresas, mas nossa colaboração estará no âmbito do que não devemos praticar em termos de planejamento.
Diante de inúmeros conceitos de Planejamento existentes, acreditamos poder valorizar o do Planejamento Estratégico, colocado em prática nas ações empresariais.
A título de esclarecimento, para Cobra (2004), Planejamento Estratégico é a análise racional das oportunidades oferecidas pelo meio, dos pontos fortes e fracos das empresas e da escolha de um modo de compatibilizar a estratégia entre dois extremos, para que se possa satisfazer do melhor modo possível os objetivos da empresa.
Por parecer algo tão complexo em termos de definição, passa-se a entender as causas de tamanha confusão conceitual na prática das ações cotidianas no contexto das empresas.
Mas procurando decifrar o 'enigma' da definição dada por Cobra e acima caracterizada vejamos:
Análise racional das oportunidades oferecidas pelo meio = estudo criterioso das tendências do segmento de mercado onde a empresa atua.
Dos pontos fortes e fracos das empresas = estudo de qualidades e falhas (não só as dos concorrentes, mas faça a sua autocrítica).
Da escolha de um modo de compatibilizar a estratégia entre dois extremos= Busca pelo equilíbrio nas ações do Planejamento Estratégico: traçar metas compatíveis à realidade da sua Empresa.
Para que se possa satisfazer do melhor modo possível os objetivos da empresa= Resultado de um Planejamento Estratégico eficaz, que na verdade é aguardado pelo empreendedor/ empresário/ dono do negócio.
Contudo, passa a ser de suma importância que não sejamos hipócritas e até certo ponto omissos em todas as fases do Planejamento Estratégico desde a sua elaboração/criação culminando com a sua eficiente execução pelos colaboradores nas Empresas.
É importante definir:
• Abrangência - qual o "tamanho" do Planejamento;
• Etapas do planejamento (deve ser profundo o suficiente e ao mesmo tempo prático);
• Tempo e duração do planejamento - equilibrar bem o "fazer" e o "pensar".
Quanto às características do Planejamento Estratégico, o mesmo deve ser:
• SIMPLES
• CLARO
• PRÁTICO
• FLEXÍVEL
• ÚTIL.
Vale ressaltar agora, como foi mencionado no início, o que não devemos praticar com relação ao Planejamento Estratégico.
• Imaginar que o Planejamento Estratégico é um 'Evento' na estrutura da empresa, pois na verdade, o mesmo é um processo constante, que não tem hora para começar tão menos para acabar.
• Ter a visão que o Planejamento 'atrapalha' a rotina do trabalho diário na Empresa. Ao contrário, se bem dimensionado, o Planejamento torna-se um aliado fundamental na prática empresarial.
• Crer que o Planejamento serve para 'prever o futuro', e que isso por sua vez, é algo impossível na rotina atual das Empresas. Na realidade, o Planejamento visa criar cenários de trabalho e visões com grande probabilidade de ocorrência, nada mais do que isso!
• Bater na tecla: 'Planejamento é nada, execução é tudo'. Na prática, uma execução inteligente e eficaz de um Plano flexível, é a melhor fórmula do sucesso.
• Acreditar que um bom Planejamento trará resultados imediatos para a Empresa. Na verdade, sem acompanhamento, análise, aprendizado e ajustes nenhum Planejamento consegue gerar bons resultados.
• Ter em mente que se a alta direção da Empresa apoiar, o Planejamento acontece. Não basta somente a alta direção se comprometer com o Plano, todos (do presidente ao faxineiro) precisam ter envolvimento com a 'Causa".
• Definir que o planejamento é confidencial não devendo ser divulgado. Essa concepção deve ser mudada: cada colaborador deve saber aquilo que necessita saber afim de que consiga desempenhar bem suas atribuições do Planejamento.
Pense nisso, busque colocar em prática e sucesso!