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Por que planejar?

O perigo da ausência de planejamento de rumo é que podem surgir indivíduos que planejem por nós, para nós ou contra nós, destruindo o valor econômico de instituições por meio da alocação ineficiente e ineficaz de recursos.

Autor: Pedro PapastawridisFonte: Administradores.comTags: empresariais

Apesar de parecer um termo óbvio e, muitas vezes, ser tratado como um clichê, planejar é muito mais que um signo linguístico. É o catalisador que permite que pessoas e organizações cheguem aonde almejam com eficiência e eficácia.

 

Em vista disso, quais são os riscos de não planejarmos ou planejarmos de maneira inadequada? A fim de tornar mais nítido o entendimento acerca da importância do planejamento, e tendo por referência o macroambiente de uma organização, seguem cinco razões pelas quais planejar deve ser mais que uma palavra:

 

1. Do ponto de vista econômico, o planejar contribui com a otimização de gastos e receitas, na medida em que o processo de planejamento analisa tendências de mercado (índices inflacionários, variação do produto interno bruto, taxa de desemprego, renda média do trabalhador, etc.). Assim, pode-se definir o melhor momento para comprar insumos e ofertar produtos e serviços. Não por acaso, em gerenciamento de projetos, emprega-se muito tempo com atividades de planejamento, pois esforços temporários para a entrega de produtos únicos têm à disposição recursos igualmente limitados.

2. Sob o aspecto tecnológico, o planejamento permite uma compreensão antecipada dos impactos que novas tecnologias terão sobre a competitividade das empresas, seja através da aceleração da obsolescência de processos internos, seja por meio do encurtamento do ciclo de vida de produtos e serviços.

3. Sob a ótica ambiental, o planejamento antevê a repercussão de medidas governamentais e de grupos de pressão (ONGs, sindicatos, etc.) em relação à preservação de ecossistemas, eficiência energética, destinação de resíduos, dentre outros fatores, permitindo, destarte, que pessoas e organizações tomem decisões que vão ao encontro dessas medidas.

4. Em relação ao aspecto político-legal, o planejamento possibilita a adoção de medidas decompliance que atendam os requisitos mínimos necessários ao desenvolvimento de atividades econômicas. Ademais, conhecer e agir com antecedência às mudanças no contexto legal permite que as organizações ajustem as premissas utilizadas para tomada de decisões em relação a operações e investimentos.

5. Conhecer com antecedência o sistema de princípios e valores de uma coletividade permite às empresas o ajustamento de suas estratégias às peculiaridades culturais do local onde pretendem atuar. Afinal de contas, cada povo tem suas necessidades e desejos moldados por sua cultura, e saber identificá-los permite às organizações que seja entregue mais valor por menos custo ao cliente.

 

Em síntese, para quem não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve. E o perigo dessa ausência de planejamento de rumo é que podem surgir indivíduos que planejem por nós, para nós ou contra nós, destruindo o valor econômico de instituições por meio da alocação ineficiente e ineficaz de recursos. Além disso, não podemos esquecer que o ambiente de marketing das organizações está cada vez mais competitivo, o que elimina brechas para improvisos. Portanto, planeje-se para planejar ou se prepare para fazer parte do planejamento de alguém.

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