Saber exatamente a dimensão de prazo do projeto é uma tarefa muito difícil, na verdade por experiência é uma das maiores dificuldades encontradas.
A grande maioria dos projetos que inicialmente parecem ser gerenciáveis, quando começa o seu desenvolvimento, mostram-se muitas vezes maiores e mais complexos do que o previsto inicialmente e se não tomarmos cuidado, perde-se o controle.
Digo que o erro não está escolha incorreta do tipo de estimativa de prazo (existem várias) e sim na falta de ação sobre os fatores que tornam essas estimativas irreais. Os mais importantes em minha opinião, são:
1 - Falta de gestão de riscos: Já escrevi sobre a importância desse tema! A estimativa pode até estar correta, mas aparecerão situações inesperadas, geradas normalmente por um escopo mal definido, e sem a gestão de riscos as atividades serão afetadas e por conseqüência o prazo do projeto.
A solução é considerar a análise de riscos nas estimativas de prazo.
2 - Otimismo: Faz parte da natureza humana, principalmente do brasileiro, sempre dar uma expectativa otimista em relação a algo, e isso se reflete também nas estimativas de prazos de projetos.
A solução é estimar prazos em cenários otimista, realista e pessimista, formalizá-los e defender o cenário realista, pois assim não haverá riscos de iniciar um projeto com prazos muito apertados ou folgados.
3 - Pressão interna ou externa: Podem existir pressões que nos levem a fornecer um prazo que a diretoria ou o cliente querem ouvir e assim ser aprovado pela alta gerência.
A solução é defender e trabalhar com a estimativa realista e dentro do possível, evitar as pressões políticas e marketeiras.
Lembre-se da Restrição Tripla Estendida. Estimar mal o prazo do projeto pode impactar no Escopo + Custo + Risco + Qualidade + Satisfação do Cliente portanto, ATENÇÃO!