O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira, diante de um movimento generalizado de recuperação de outras moedas frente ao dólar, depois que dados positivos da economia norte-americana diminuíram temores sobre o crescimento do país e ofuscaram preocupações com a China.
A moeda norte-americana caiu 0,30 por cento, para 1,9915 real na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 3,5 bilhões de dólares.
O início de construção de novas moradias nos Estados Unidos aumentou em março para o maior nível desde 2008, enquanto o índice de preços ao consumidor do país caiu em março, dando espaço para o banco central norte-americano manter seu programa de estímulo monetário.
Em relação a uma cesta de moedas, o dólar caía 0,74 por cento, enquanto o euro tinha alta de 1,11 por cento frente a divisa dos Estados Unidos.
"Houve uma recuperação da alta de ontem", disse o operador de câmbio da Intercam Glauber Romano. "Olhando as bolsas, elas já têm até um pouco mais de ganho. Era realmente para o dólar estar um pouco mais fraco".
Na véspera, o dólar avançou 1,47 por cento, encostando em 2 reais, a maior alta em quase cinco meses, abalado por dados econômicos fracos da China.
Analistas alertavam, no entanto, que as tensões entre as Coreias e o atentado na maratona de Boston deixaram os investidores cautelosos, e que tais temores podem levar a uma corrida por dólares, considerado um ativo mais seguro.
Por volta das 12h, fluxos pontuais levaram a divisa norte-americana a reverter a tendência e a registrar leve alta contra o real, mas chegando ao patamar de 2 reais.
"Foi um movimento pontual de mercado, não teve nenhuma notícia", disse o operador de uma corretora em condição de anonimato.
Boa parte do mercado acredita que o BC impôs uma banda informal para a moeda norte-americana cujo patamar inferior estaria em 1,95 real e o superior, em torno de 2 reais.