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BC reduz crescimento do Brasil e projeta dólar em R$ 2,48 este ano

Inflação deve ser de 5,93% este ano, segundo analistas do mercado financeiro

Analistas do mercado financeiro reduziram pela terceira semana consecutiva o crescimento do Brasil. Segundo o Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (17), o PIB este ano será de 1,79% ante a previsão de 1,90% da semana passada.

O dólar também não deve dar um alívio nem tão cedo. A expectativa é de que o câmbio atinja R$ 2,48 ainda neste ano. A previsão para 2015 é de que a moeda norte-americana seja cotada a R$ 2,55.

O bolso do consumidor também sofrerá com as compras diárias. Analistas do mercado financeiro voltaram a aumentar a previsão da inflação este ano para 5,93% frente a expectativa de 5,89% da semana passada. O percentual ainda está dentro da meta do governo que é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.

No último dia 7, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou a inflação de janeiro deste ano que foi de 0,55%.  O indicador foi o menor IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para um mês de janeiro desde 2009.

Taxa de Juros

O Boletim Focus também manteve a previsão da taxa básica de juros em 11,25% este ano. Atualmente a Selic está em 10,5%.

Entenda a Selic

A taxa básica de juros é um instrumento do governo para segurar a oferta de crédito de bancos, financeiras e das próprias lojas, ou seja, para estimular ou frear o consumo e, assim, controlar o avanço natural dos preços.

Quando a Selic sobe, o dinheiro fica mais caro e a população pega menos empréstimos — para comprar desde casas, carros e eletrodomésticos até contratar serviços, entre outros. Assim, a escalada da inflação diminui.

Ela é chamada de taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como um piso para a formação dos demais juros cobrados no mercado, que são influenciados também por outros fatores, como o risco de quem pegou o dinheiro emprestado não pagar a dívida.


Ela é usada nos empréstimos interbancários (entre bancos) e nas aplicações que os bancos fazem em títulos públicos federais. É a partir da Selic que as instituições financeiras definem também quanto vão pagar de juros nas aplicações dos seus clientes.

Ou seja, a taxa básica é o que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos, a um custo muito mais alto. Por isso, os juros que os bancos cobram dos clientes é superior à Selic.

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