Jim Collins, um dos maiores especialistas em Gestão da atualidade, costuma destacar em suas falas que uma das principais características das empresas de maior performance identificadas por ele em suas pesquisas é o fato de que elas possuem as pessoas certas nos lugares certos.
Utilizando um ônibus como analogia, o autor afirma que os grandes líderes primeiro colocam as pessoas certas no ônibus, depois encontram os assentos certos para elas, e se acaso esse assento não for encontrado, eles agem rápido e logo as convidam para se retirar do ônibus.
Dentre as vantagens de possuir as pessoas certas nos lugares certos, Collins afirma que essas não precisam ser gerenciadas com rigor, o que acaba poupando o tempo do líder para cuidar de outras atividades; são mais produtivas, já que são apaixonadas pela empresa e por seu trabalho; além de cumprirem com aquilo que prometeram entregar, algo muito raro hoje em dia.
O fato é que todo trabalho exige um conjunto específico de habilidades que os funcionários devem ter para ser realmente bem-sucedidos.
Até alguém que tenha grandes pontos fortes pessoais e uma grande “facilidade de se adaptar” não estará de fato trabalhando onde tem pontos fortes se não tiver essas habilidades.
Saber qual o melhor papel que a pessoa deveria assumir em sua equipe realmente faz a diferença quando o assunto é liderança.
Quando os lideres realmente entendem isso, o desempenho das equipes que eles lideram chega a um nível incrível.
Não acredito que seja exagero dizer que o sucesso de um líder é determinado mais por se colocar as pessoas onde elas têm pontos fortes do que por qualquer coisa.
Quando estava no ensino médio, tive a sorte de ter um professor que entendia isso.
Durante um dos treinos de futebol de nossa equipe, nosso professor decidiu ensinar-nos uma lição muito importante sobre o esporte.
Ele pôs o time titular e o time reserva em quadra para treinarem. Aquilo não era raro – treinávamos o tempo todo. Nosso time reserva tinha alguns bons jogadores, mas claramente o time titular era muito melhor.
Desta vez, ele pediu que saíssemos da rotina: mantendo os reservas em suas posições normais, ele designou cada um de nós, do time titular, a uma posição diferente dentro do jogo
Quem era atacante foi solicitado a jogar no gol. O goleiro jogou na zaga, e, pelo que me lembro, o zagueiro acabou virando atacante.
Fomos instruídos a jogar assim por 20 minutos, mas o jogo não demorou tanto.
O time reserva massacrou-nos em um abrir e fechar de olhos.
Quando o treino acabou, o professor chamou-nos para o banco e disse:
“Ter os melhores jogadores em quadra não é o suficiente. Você precisa ter os melhores jogadores nas posições certas.”
Nunca esqueci essa lição. E, toda vez em que preciso liderar pessoas para alcançar qualquer tipo de objetivo, tento aplicar o que aprendi
Não importa o tipo de equipe que você esteja liderando. Se você não puser as pessoas onde elas têm pontos fortes, você estará fazendo com que seja quase impossível para elas – e para você – vencer.